Testemunho de Barker

Este tópico é reservado para julgamento de Anthony Goldstein, Michael Corner e Padma Patil; para os 77 homicídios, provocados pelos diversos eventos como “O Dia dos Três F” (Fúria, Fantasmas e Flagelo) e o ataque ao Expresso.


O local está composto com os cinquenta membros, além disso estão presentes: a Chefe Supremo, Merula Snyde; o novo ministro da Magia, Percy Ignatius Weasley; a subsecretária Sênior do Ministro, Natalie McDonald e o Chefe do Departamento de Execução da Lei Mágica, Dean Thomas. A monitora-chefe, da Corvinal, está como representante da Juventude Britânica, a diretora Minerva McGonagall também está presente. O Ministro Percy como tradição irá presidir a sessão. Enquanto, Dean realiza o papel de acusação. Para defender, os três foi contratado a advogada, Penelope Clearwater.


Os presos estão numa jaula num canto do salão, enquanto Noah Barker está numa cadeira sentada em frente para Percy. Que comece o seu testemunho!

[ON]

*Noah ajeitou a gravata pelo o que era a milésima vez, estava extremamente desconfortável com as roupas sociais e ainda mais desconfortável por estar em um julgamento daquele nível para dar seu testemunho. O pai havia o acompanhado até a entrada do tribunal, não podia ficar com ele durante o julgamento pois tinha assuntos a tratar no departamento de Mistérios.*

- Responda com clareza tudo que lhe foi perguntado. *Disse Tyler, encarando Noah nos olhos.* - Nada das suas piadas ali dentro, é apenas um testemunho, mas não quero que arrume problemas, entendeu? *O pai repousou a mão sobre o ombro de Noah e deu um leve aperto* - Nos vemos depois, acho que podemos almoçar antes de voltar para Hogwarts, sim?

*Suas mãos estavam inquietas sobre o colo, mexendo os dedos de um lado para o outro, gostaria que Henry estivesse ali com ele e não sozinho diante de todas aquelas pessoas. Pelo menos os efeitos da Polissuco já haviam passado, seria mil vezes pior se estivesse na pele de outra pessoa ali.*

*Minerva que estava proximo aos alunos ouviu a pergunta final do pai para Noah, e concordou com a cabeça.* Acredito que teremos tempo sim, Senhor Inominável.

*Noah entrou depois que Sophie saiu, agora era vez dele. Um funcionário levou até a cadeira, então o chefe de acusação se aproximou*

Boa tarde, Senhor Barker. Sou o Chefe Thomas e irei iniciar a primeira parte das perguntas. Primeiramente, as formalidades.

Você jura solenemente dizer a verdade, nada mais do que a verdade e somente a verdade?

Você está aqui livre espontânea vontade após receber o convite do Ministério da Magia?

E por fim.. você conhece de forma intima e pessoal alguns dos acusados e que impossibilita seu depoimento de forma impessoal?

Boa tarde, Senhor Thomas. *Noah cumprimentou, soltando as mãos e as deixando sobre os joelhos.* Sim, eu juro. ''Solenemente não fazer nada de bom...'' *Completou na sua cabeça, tentando fazer o possível para não esboçar um sorriso, as palavras do pai ecoando em sua mente naquele momento. Apesar de as risadas estarem explodindo em sua cabeça, Noah mantinha uma expressão neutra.*

Sim, senhor. *Respondeu à segunda pergunta* Não, senhor. Não tinha ou tenho ligação alguma com os envolvidos.

O senhor foi convocado aqui para um momento específico.

Durante nossas investigações, ficamos sabendo que você e seus amigos evitaram um ataque de trasgo no campo de quadribol de Hogwarts... correto?

O senhor pode contar para nós, como foi?

Sim, Senhor Thomas, foi o que aconteceu. *Noah se remexeu na cadeira e limpou a garganta* Estávamos nós quatro, eu, Arthur Kannenberg, Henry Blackstone e Luke McCain. Jasmine Davies apareceu logo em seguida para ver nosso treino. *Parou por um momento, olhando para os demais e então voltou a se concentrar em Dean Thomas* Foi logo após todos estarmos reunidos e ai começou, como se fosse batidas ao fungo, mas logo ficou mais alto e, não sabemos de onde e nem como, um trasgo montanhês apareceu no campo.

Ele estava obstinado a machucar quem estava por ali, completamente descontrolado. Os que faziam parte do time, como era o meu caso, subimos em nossas vassouras para tentar distraí-lo, evitando que ele acertasse alguém. Nós disparamos o feitiço Incarcerous diversas vezes, tentando contê-lo, foram várias tentativas até que obtivéssemos sucesso.

Logo que o trasgo caiu, uma pessoa encapuzada apareceu, não revelou-se para nós, tampouco conseguimos distingui-la
pelo tom de voz. *Franziu o cenho, lembrava-se que ele havia dito algo, mas não conseguia lembrar o que era.*

Todos os nomes ditos por ti são da Lufa-Lufa, era um treino de quadribol do time de vocês?
O senhor faz parte do time de quadribol aliás?

*perguntou, mas num tomo como já espera-se a resposta*

Sim, Senhor. *Acenou com a cabeça* Era um treino rotineiro da Lufa-Lufa, nós tínhamos um jogo naquela semana e queriamos testar alguns movimentos novos.

Sim, Senhor. Eu sou artilheiro do time e, exceto por Henry Blackstone e Jasmine Davies, todos os demais citados também fazem parte do time.

Então temos esses heróis *disse falando agora para os 50 juizes* da Lufa-Lufa que sozinhos enfrentaram um Trasgo! E venceram!

*então o Dean Thomas virou para ele* Esta pessoa que apareceu diante de vocês.. podia ser um dos acusados? *apontou para os três prisioneiros nas gaiolas*

Não é como se não tivesse acontecido antes em Hogwarts, não é? *Perguntou retoricamente, em dúvida se Thomas estava sendo sarcástico ou não em relação a derrubarem um trasgo*

Como eu disse anteriormente, Senhor, não conseguimos distingui-la, ele ou ela, não sei dizer, estava encapuzado.

E nenhum professor apareceu para ajuda-los?

*disse ainda num tom simples, calmo, como se tivesse conduzindo uma história*

Nós tentamos parar a pessoa, disparamos diversos feitiços contra ela, mas havia uma espécie de campo de força que impedida que nossos feitiços atingissem ela ou ele, não sei. *Deu de ombros, ainda mantinha a expressão séria, mesmo que voltasse a ficar incomodado por estar lá* Estava evidente que era muito mais experiente do que nós.

Jasmine Davies mandou um patrono atrás dos professores e logo depois, a Professora McGonagall e o Professor Flitiwick apareceram. *Olhou para a professora*

Vocês sabiam que o resto do castelo estava sob ataque também?

O que estava acontecendo na Torra da Corvinal, na Torre da Grifinória e no subsolo da Sonserina?

*perguntou calmamente*

Soubemos depois, Senhor. *Balançou a cabeça em negativa conforme falava* Fomos levados para o nosso Salão Comunal depois do ataque com o trasgo.

E tirando o trasgo.. nada aconteceu na Casa da Lufa-Lufa certo?
A única casa que não sofreu um ataque se quer... confirma?

*o tom estava levemente mudando*

Sim, Senhor. *Confirmou, mas franziu o cenho, prevendo o que viria depois.* Havia uma quantidade grande de alunos da Lufa-Lufa naquele campo, Senhor. Acho que não precisamos de um atentado em nossa própria casa também.

Lamento que os demais alunos tiveram seus salões comunais destruídos e até alunos machucados, mas nós também fomos atacados. *Falou, desejando que os amigos estivessem ali com ele também*

O time de quadribol e dois alunos. Isso é uma grande quantidade?

Ou você suspeita que os ataques eram focados nos jogadores de quadribol, e os das outras casas, estavam em seus quartos?

*olhou para Noah de um jeito intrigado*

Haviam outras pessoas assistindo o treino. *Falou, com firmeza* Não sei dizer para o Senhor em que os ataques foram focados, se foi coincidência estarmos lá no momento ou o porquê da Casa da Lufa-Lufa não sofrer nenhuma baixa.

Certo. Mudando a página.

*disse indo até a mesa dele, e realmente mudando a página*

Você e um grupo de três amigos se auto titulam-se "Os Marotos", acredito eu, inspirado nos famosos quatros bruxos dos anos setenta: Potter, Black, Lupin e Pettigrew. Essa afirmação procede?

Sim, Senhor. Estamos infringindo alguma lei de direito autoral por isso, Senhor? *Perguntou, encarando Thomas, ainda que continuasse completamente neutro*

Alguns bruxos mais supersticiosos podem achar que a história é cíclica. Que erros do passado repetem a história do passado. Acredita que um de vocês pode trai-los?

*deu um leve sorriso*

Com todo respeito, Senhor, mas o Senhor é uma dessas pessoas? Coloco minha mão no fogo por meus amigos, se é o que o Senhor quer saber. Todos estávamos lá, todos fomos atacados e se, quem quer que seja, que estava lá disse o que disse, foi apenas para criar desconfiança entre a gente, o que claramente não funcionou. *Disse, seguro de si*

*Dean Thomas voltou para sua mesa, pegou a ficha dos meninos, leu uma por uma, mas tirando detenções, a vida deles era bastante simples, sem grande conflitos. Então pediu do meirinho, que logo trouxe de Jasmine Davies, bateu o olho.*

Uma última pergunta. Você sabe algo ou já ouviu falar sobre a morte de Magnólia Davis, mãe de Jasmine Davis?

Não Senhor, apesar de estar na mesma casa que Jasmine Davies, não tenho intimidade alguma com ela. Além de ser uma garota reservada, não sei nada sobre sua família. A não ser que ela conte por livre espontânea vontade, não tenho interesse algum. *Falou, sincero, observando-o*

Muito bem, eu encero por aqui. *disse Dean Thomas, então Percy falou* Sua vez, Madame Clearwater.

*Penelope levantou e foi até Noah* Primeiro peço desculpa pelo que o ministério fez o senhor perder dia de aula vindo aqui pelo que vi de forma inutil. *Dean Thomas pigarrou* Então, pelo que senhor sabe, senhor viu, senhor viveu, nada envolve os acusados aqui?

Não está sendo incômodo algum, Madame. *Acenou com a cabeça e se ajeitou na cadeira, mas recebeu um olhar severo da Professora McGonagall, o que fez com que ele mudasse a expressão e engolisse em seco*

Não os conheço, Madame. Como disse, a pessoa que nos atacou estava encapuzada e protegida por feitiços.

Certo. Então como podem ver senhores *virou para os 50 homens e mulheres no público* Mais uma testemunha que não contribui com acusação feito aos meus clientes.

Vamos ver sobre a tal Conspiração da Corvinal. Começamos com Quentin Lamperouge. Você o conhecia? Se sim, suspeitava algo estranho neste monitor?

"Precisaram de tudo isso para concluir o óbvio?" *Noah pensou da sua cadeira, olhando para Madame Clearwater conforme ela falava com os demais.*

Conhecia apenas porque era um monitor, mas, tirando o fato de ele ter tirado alguns pontos de nós, jamais trocamos palavras. *Deu de ombro* Só que ele era o Senhor Sabichão, mas grande maioria da Corvinal é assim...

Estamos concluindo aqui. Então na opinião do senhor. Qualquer coisa que viveu ano passado do Dia de Furia, o dia dos ataques, a tragedia do Expresso de Hogwarts e até o desastre da Festa da Paz. Algo indica o envolvimento de qualquer Corvinal que o senhor conhece?

*Penélope parecia triunfante*

Não, Madame. *Falou, simplesmente* Acho que há pessoas querendo prejudicar a escola, mas não acho que venha da Corvinal ou de qualquer casa.

Chegamos então nossa conclusão.

Tudo que a acusação quer criar nada se sustenta. Desculpa, novamente sua vinda aqui Senhor Barker mas parece que nenhuma teoria mirabolosa de acusação. Pelo visto nem estes homens aqui diante de nós estão envolvidos nas tragédias que são acusados.

Por mim, eu encerro minha parte.

*Ela voltou indo para o lugar dela. Então o Ministro Weasley* A testemunha deseja falar mais alguma coisa?

Não, Senhor. *Balançou a cabeça em direção ao Ministro Weasley* Não tenho nada que desejo falar.

Então, está dispensando Senhor Barker. O Ministério da Magia da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte agradece sua participação nesse julgamento. *bateu Percy com martelinho*

Obrigado, Senhor Ministro. *Noah disse, levantando-se assim que foi dispensado. Antes de sair, trocou algumas palavras com a Professora McGonagall e depois se retirou, encontrando seu pai do lado de fora.*

- Como foi? Tudo certo? *Perguntou Tyler, verificando um relógio estranho de pulso e então olhando para o filho*

Tudo dentro dos conformes, seu filho, como sempre, inocente. *Disse, colocando as mãos no bolso e seguindo o pai para além do ministério.*

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